sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Meu aniversário.

É hoje!
E como não poderia faltar um post aqui, cá estou.
Que cheiro tem meu aniversário? Que gosto tem? Que dimensão ele tem?
Fico me perguntando e nunca encontro respostas. Talvez pudesse encontrá-las na sensação que tenho quando adentro o mês de Dezembro. As lojas, os presentes, as luzes, se programam para a chegada do Natal. Mas, pra mim, é pela chegada do meu aniversário.
Eu sempre desejo aos aniversariantes, o aproveitamento máximo daquele dia, que é só da gente. Nem sempre eu faço isso no meu dia, sobretudo pelo fato dos últimos aniversários não terem sido muito bons. Caso à parte.
Cheiro de tutti-fruti misturado com aroma de brigadeiro, com gosto de sorvete crocante e bolo de prestígio. Nossa, quanta coisa! Talvez seja o que eu tenha feito hoje: orgias gastronômicas, que mais me pesam a consciência do que o próprio estômago.
Que coisa mais deliciosa é receber abraços, seguidos de beijos estalados e desejos fervorosos de que a minha vida seja repleta de felicidades. Que sensação mais prazerosa ver rostinhos lindos querendo me parabenizar; cheios de "dedos", pra não estragar a festinha surpresa.
Que mágico interromper o expediente do escritório, para cortar o meu bolo com direito à velinha de "vinte" anos, que mais parecem doze!
Mais comovente ainda é ver o turbilhão de recados no Orkut, que mal consigo responder. Pelo menos, não do jeito que eu gostaria de responder - um a um, sem esquecer de ninguém.
Quem me parabenizou, sabe que a minha vontade era de grudar a buchecha de todos, balançar de um lado pro outro e dizer que eu amei o recado, apesar de não merecer tudo aquilo...
Aniversário, pra mim, é isso: é essa euforia para chegar o dia; as mensagens no celular de madrugada; o primeiro beijo e abraço caloroso da minha mãe; os mimos; os presentes e as delicadezas em forma de carinho! E tem cheiro; gosto; cor ou forma que definam esse dia?

Definitivamente, não tem.

'Brigadúúú'!

sábado, 22 de novembro de 2008

Clarice

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"Sempre conservei uma aspa à esquerda e à direita de mim".
(Clarice Lispector)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O que era bom, ficou melhor ainda!


O que já era bom em forma de blog, agora, virou livro.
Cristiana Guerra - mãe, publicitária, blogueira de sucesso e apaixonada pela vida, conta a história de sua vida para o seu filho, Francisco.
Daí o nome "para Francisco". A história já foi contada aqui e vale a pena ser relembrada inúmeras vezes, sem sombra de dúvidas.
Dotada de uma sensibilidade à flor da pele; com uma vontade incontrolável de falar para Francisco sobre o seu pai (Gui), que faleceu antes do nascimento do 'Cisco', enquanto Cristiana estava grávida, a jovem publicitária escreve como se estivesse contando, em cartas, quem foi e quem será o "Gui" na vida de Francisco (e, agora, na vida de todos nós).
E o que mais se esperava, aconteceu: o 'para Francisco' virou livro e será lançado em São Paulo, agora, no final de Novembro. E em Belo Horizonte também.
Pela Editora 'ARX', Cristiana Guerra revela ao mundo para o que veio, esbanjando simpatia, beleza, já que também é dona do blog 'Hoje vou assim', que fala sobre moda de uma maneira divertidíssima.
À Cris, carinhosamente chamada de Pequena: meus profundos desejos de sorte com o livro; de sucesso e de muitas felicidades.
Ao meu querido Francisco, um sonho ardente feliz de uma vida deliciosa.
A todos, minhas "pequenas expressões" de um mundo novo, colorido e cheio de verdades inventadas.
Agora, não vejo a hora de devorar o livro!
Blogs:
Foto: Divulgação

sábado, 15 de novembro de 2008

Mutante

Como mutante
No fundo, sempre sozinho
Seguindo o meu caminho
Ai de mim
Que sou romântico
Romântico, assim!
Romântico.

(Mutante - Rita Lee e Roberto de Carvalho)

Porque mudar é preciso!

sábado, 8 de novembro de 2008

Preta

"Negra". Gordinha. Filha do (ex)Ministro.
Preta Gil, famosa pelas suas curvas e por ser uma gordinha atraente, já posou nua na capa do seu CD, sempre esbanjando sensualidade e simpatia...
Com todos os atributos de ser tida como "negra", "gorda", "filha de fulano", poderia ser alvo de muitas críticas e preconceitos. Talvez seja, mas são polêmicas que não tiram o brilho de cantora, atriz, artista, que possui inúmeras qualidades, superando o fato de estar fora do peso.
Não é preciso apresentá-la, nem gastar meu "latim" dizendo que Preta é toda "pra frente", cheia de vida e que, em muitas músicas, me encanta com a sua voz, com o seu amor e humor pela música, e porque não, com o seu gingado? E já se ouviu muito por aí que a menina é "bi", quando fala de sua sexualidade. Como 'não precisamos saber com quem as pessoas se deitam', como diria Caetano Veloso ou eu mesmo, deixamos isso pra lá...

Mas, o que eu quero contar pra vocês é que a Preta Gil foi vítima de umas brincadeiras de péssimo gosto, pelo Programa "Pânico na TV", da Rede TV!, falando sobre a sua forma física.
Foram feitas brincadeiras pejorativas por Preta ser gordinha. Encenaram a retirada de uma "baleia" da praia, dentre outras maldades que me faltam palavras pra descrevê-las. Vocês devem ter visto.
Isso rolou pela internet, como num piscar de olhos, sendo um prato cheio para os desavisados, que morriam de rir com a desgraça alheia.

Com isso, a artista moveu uma ação na Justiça e pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro teve sua ação julgada PROCEDENTE, condenando o programa a indenizá-la no valor de cem mil reais. Palmas para o Poder Judiciário que, através do Nobre Juiz, proferiu uma decisão de bom senso; com palavras emocionantes e que eu tive o prazer de ler.

Parabéns, Preta!
Parabéns por ser gordinha e feliz. Por fazer valer os seus direitos. Ser gordo não tira o valor de ninguém...Talvez ela se aceite como é, goste de ser o símbolo da mulher "cheinha", mas isso não lhe tira o direito à privacidade, à sua imagem; ao respeito à sua vida, carreira e história...
Ser gordinho é ultrapassar o que a sociedade limita, com os tais "padrões de beleza". É ser o que é, não se deixando levar pelas regras; É estar de bem consigo mesmo e esbanjar beleza, simpatia, modernidade ao se vestir, sensualidade - o que vemos na Preta Gil.
Parabéns pela Justiça, que vai de frente ao preconceito; aos danos morais; à violação da dignidade da pessoa (humana).

À Preta, que tem feitos shows no Rio, e que está mais linda do que nunca, SUCESSO!
Aos gordinhos, aos quais me incluo, mais sucesso ainda.
Unidos, contra qualquer tipo de preconceito, seremos mais fortes.

Foto: Preta Gil (blog pessoal da artista)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Apaixone-se por si mesmo

Há muito que eu ouço o bordão: 'Apaixone-se por si mesmo'...
Em igual proporção ao tempo que eu ouço esse jargão, é o tempo que não tenho me apaixonado por mim.
Talvez estivesse em busca de uma paixão por outra pessoa; naquela vontade de achar um complemento; a tampa da panela e na impressão distorcida da minha linda Isabella, que canta: "já não há mais razão pra solidão..."
Não há mais razão para não se apaixonar por si mesmo. Não há mais razão para gostar do outro, mais do que gosta de si.
Procuro alguém que esbanje simpatia, que tenha educação, que tenha bons hábitos e que saiba conversar. Mas, me dou conta que não há ninguém melhor do que: nada mais, nada menos do que eu mesmo!
Não vou me importar se eu acordar descabelado. Não vou gostar mais ou menos, se eu estiver acima ou abaixo do peso. Não vou ter que brigar pelo controle da tevê.
Não há razão para se encabular ao ter escolher qual restaurante devem ir. Nada de ficar "cheio de dedos". Eu quero este e ponto.
É por isso que, em algum lugar do passado, Danuza Leão já dizia que adora viajar sozinha. Não é preciso rodar pelos shopping center´s da vida à procura daquele sapato que a outra pessoa quer. E a pizza, com cebola (que você gosta), pode vir com muito mais cebola extra do que você imagina! Não é o máximo?
Ninguém vai ligar dizendo: "onde você estava; com quem e a que horas volta?".
Ninguém vai acordar, um dia, desconfiando dos sentimentos: "o que será mesmo que eu sinto por ele(a)?"
Não existirá rival. Não precisa de desculpas, muito menos mentiras. E quanta mentira!
Não precisa de muito alarde para que o outro saiba que você é suficientemente apaixonante. Capaz de provocar paixões ardentes nas pessoas.
Não é necessário impôr presença, nem comprar roupa nova pra agradar. Nem se tá curta ou comprida, muito menos da cor que você nem gosta tanto...
Não é preciso se preocupar com presentes em datas especiais, porque, pra você, todo dia é seu dia. Todo dia é dia de ir na livraria e comprar o lançamento preferido...
Apaixonar-se por si mesmo é saber dos seus gostos. É saber o que te agrada.
É sentir-se livre. É sentir-se limpo. É poder apaixonar-se por outra pessoa, quando quiser. É permitir-se novos amores...Um, dois, três. Ao mesmo tempo. Um atrás do outro. Como você quiser; como lhe cair bem; como achar conveniente.
Não que eu queira amores assim, mas se a sua paixão por si mesmo lhe impuser tais condições, abuse. Aproveite.
É como se vivesse sem ter medo de ouvir, a qualquer momento: "tá olhando pra quem?"
É saber que você tem seus dias ruins e precisa de um tempo para voltar a ser o que é. É saber que nenhuma ciência lhe interessa mais do que aquela que você tem vocação; que escolheu pra seguir e que outro ramo - que não aquele - não te interessa tanto. Você não precisa se inteirar daquela matéria, só pra fazer "bonito", numa roda de amigos (que nem são seus amigos, na verdade).
Amar a si mesmo é programar uma viagem, pr´aquele lugar que você ainda não conhece, mas que deseja ir o mais breve possível. Marca, vai e conhece. Delicia-se, com todos os atributos de quem é apaixonado por si mesmo (Come onde quer; vai onde gosta; faz o que tem vontade).
É amar e ser amado, numa recíproca indubitavelmente proporcional. Quem duvida?
É amar o próximo, porque devemos amá-lo, como amamos a nós mesmos...

Aliás, esquecem os mandamentos bíblicos e amam o próximo, menos do que ama a si mesmo.
Apaixone-se. Mas, por você em primeiro lugar e, depois, pelo próximo.

E ainda, qualquer desorientado da vida tem o despautério de me perguntar: "mas, até quando?"
Apaixonar-se por mim mesmo? Pra sempre.
Agora, eu pergunto a você: aquele amor, paixão ou sei lá o quê, que você acha que é pra sempre; que lhe roubou o amor próprio e prometeu o céu...
Bom, esse, sim, eu posso dizer que tem hora pra acabar. Não é?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Pensamentos

Eu queria escrever tanta coisa. Pensei muito antes deste texto.
Pensei em escrever algo que todos gostassem; que prendesse a atenção dos meus leitores, que talvez nem sejam tantos assim...
Queria divagar sobre os mais simples detalhes de muitos assuntos. Paz, amor, vida e felicidade.
Não é isso que todo mundo se atreve a escrever? Não é sobre o 'amar' que todo mundo se deslumbra e faz poesias?
Não é sobre solidão, infelicidade e desafeto que as pessoas falam, escrevem e lutam?
Pois eu queria escrever sobre coisas, pensamentos e detalhes...
Queria dizer que, nesse corre-corre do trabalho, faculdade, trabalhos e monografias, estágios, não nos sobra tempo para apreciar o que há de mais belo no mundo: os detalhes.
Talvez detalhes tão pequenos, imperceptíveis a "olho nu".
Quando digo "olho nu", me refiro aos inúmeros bloqueios que temos em enxergar as delícias da vida. Os inúmeros "tampões" dos olhos, talvez causados pelas contas a pagar; pelo chefe estressado; pela chuva no final de semana, que prometia aquela festa...
O que eu quero dizer é que, nesse meu tempo louco, tenho me esquecido de tudo. De cortar as unhas do pé, com frequência. De dizer "bom dia" com entusiasmo a qualquer pessoa na rua. De ser gentil. De estudar o quanto necessito. De me dedicar aos inúmeros processos em andamento.
Prazo. Publicação. Andamento. Audiências. Recursos.
Talvez essas sejam as minhas desculpas, que na verdade, não passam de problemas pequenos, se comparados ao tempo que não dispenso a mim; à minha vida...

É hoje. É agora.
É a vida que me espera lá fora...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O meu eu


O meu pequeno eu...Mas que faz diferença no que hoje sou.
Reflete vorazmente na minha personalidade, que sem sombra de dúvidas, tem muito da minha infância. Dos meus 'eu-zinhos' lá na matriz-identidade...
De quando fui taxado disso, daquilo e daquele outro lá. Das vezes que não estive entre os melhores da sala por isso ou por aquilo. Do tempo em que paquerar não era privilégio para gordos. Que tolo isso!
Da época em que estive em penúltimo lugar da lista dos meninos mais bonitos da sala...E será que eles eram mesmo muito bonitos para serem os primeiros? Não acho.
Mas, aí, descobri que as pessoas enxergam aquilo que nós queremos que elas enxerguem. Que a beleza está, aqui, dentro de nós.
E quem são elas pra dizer isso ou aquilo, se o que sou, convenci-me há muito tempo?
Sou o que sou. Ninguém é o que sou.
Sou de propósito.


"Quem acendeu a vela do destino, não contava com a ventania..."

(Velas e ventos - Ana Carol)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Distração

O dia não nasce. A Lua não cresce...
Se você não se distrai, nada acontece. Tudo fica à espera de um piscar de olhos, para que o Universo conspire ao nosso favor. Para que as coisas tomem um rumo, um novo caminho.
Para que você ria de si mesmo...
E nessa dança, nesse brincar de ser criança;
Nessa arte de se 'distrair', quero encontrar você.

Inspirado em "Distração - Zélia Duncan"

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Parabéns, Mãe.



Feliz Aniversário, Mãe.
Mais de meio século de vida celebrados com muito amor. Entrelaçados com muita vontade de viver e com essa sua paixão por si mesma.
Você, de fato, TINHA que ter um dia só seu, mãe. E você tem. É hoje!
Um dia que você possa abrir os braços e dizer, como sempre faz: "Hoje é meu aniversário. Não vai me cumprimentar?", seguidos de risadas, abraços e beijos estalados naquelas pessoas que você mais ama.
Pela sua espontaneidade e pela deliciosa impressão que me causa de aniversários. Pelos bolos, docinhos e pelos sorvetinhos que fazia nos meus aniversários, aqui, em casa! Ah, os meus famosos aniversários...
Pelas palavras doces. Pela sua sensibilidade à flor da pele.
Por isso, muitas felicidades. Meus cumprimentos.
Hoje, eu juro, queria lhe encher de brilhantes, mas não há coisa mais preciosa do que o amor que sentimos um pelo outro. Assim, sem maiores explicações.
Felicidades, mãe.
.
"Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão." (Drummond)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Frio

Nada como o frio.
É em dias de muito frio que eu paro, penso na vida e vejo que delícia é o inverno. Para mim, não existiria dias quentes (ou muito quentes).
Imagino que delícia seria colocar roupas quentes, tomar café expresso logo de manhã, sentir aquela brisa no rosto, aquele ventinho gelado e os lábios rachados...
Que delícia seria se toda segunda-feira fosse com tempo nublado, com ameaça de chuva (mas só ameaça) e sem sol...
Que gostoso seria se toda cidade fosse Gramado ou Campos do Jordão.
Mas como nem tudo é neve, temos o calor, a primavera e sol - aquele que dizem fazer bem para a pele. Tenho eu minhas dúvidas...

Comecemos a semana bem. E que a notícia do jornal de hoje, de que a primavera será bem fria seja verdade. Tomara!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Hoje eu tô no estilo

(Fotos: Acima: Antes e depois; Abaixo: depois da dieta)

Virei notícia no IG:

Apresento minha versão rechonchuda a vocês. Sim, eu já fui quase 50 kg mais avantajado que hoje...Não adianto nada. Um dia, conto tudo em detalhes para vocês! Inclusive a dica para enxugar 50kg; mandá-los para o espaço e ver a calça sobrando... Obrigado pelo site e pelo jornalista responsável pela matéria. Foi uma delícia participar e ajudar pessoas que querem emagrecer. Não deixem de acessar e tenham um delicioso final de semana...

"Não tenho tempo. Ser feliz me consome" (Lispector, C.)



quinta-feira, 18 de setembro de 2008

para Francisco

Expressões? Muitas.
Dos mais variados tipos. Expressões de amor, de carinho, de afeto...
"Para Francisco" é um blog especial, mágico, encantador e inexplicável. Talvez fosse a coisa mais difícil para eu descrever. Foi num momento bastante corrido, desses do dia-a-dia, que eu o encontrei.
Como se encontrasse um desses sites qualquer. Mas, não era.
Eram textos de uma mãe para o seu filho, sobre o seu pai. Parece uma história normal, mas uma vez mais: NÃO É.
É a história apaixonante de uma mãe, que espera ansiosamente por seu filho, entre os mimos do pai e grande amor de sua vida, mas que antes de dar à luz ao "Cisquinho", esse pai apaixonado os deixa. Os deixa, antes mesmo de conhecer seu filho...
Deixa sentimentos, cartas, e-mails, músicas e memórias, que surgem sempre em forma de textos, escritos pela Cris ao Francisco, que gentilmente escancara sua vida e nos deixa fazer parte de suas intimidades. Impressionante!
Mas o pai de Francisco não é só um pai. É um marido-namorado-amor de Cris. É quem se faz presente todos os dias.
É aquele que parece estar ainda aqui...Seja numa foto, na semelhança com a aparência de outra pessoa, nos seus gostos, nos seus gestos e nas suas palavras! Um verdadeiro e grande homem.
É com toda essa paciência, calma e em palavras doces, que a história se escreve "sozinha"...
Através de todos os momentos, sejam eles pequenos ou grandes, que se constrói uma base sólida para a criação de Francisco. Em meio de todos os afazeres de um lar, problemas e rotinas de uma criança, que Cris concilia tudo e ainda tem tempo para nos presentear com tudo isso...
Enfim, todos os esforços para traduzí-lo, aqui, seriam em vão. Não é possível descrevê-lo. É necessário sentí-lo, como diria Clarice ou eu mesmo.
Todos os dias, religiosamente, tomo uma dose de você, Cris. Fico imaginando que delícia são seus dias, ao lado de Francisco.
Que gostoso é saber que Francisco, apesar da ausência física de seu pai, o terá para sempre em sua vida, orgulhando-se de suas origens. Há sempre um pouco do nosso pai dentro da gente.
Digo isso porque andando, hoje, pela rua (minutos antes desse texto), pude sentir o perfume do meu pai exalado por um outro homem desconhecido. Perfume que ele nem mais usa, mas que me remete à infância. Ao meu pai.
Isso se deve, talvez, pela ausência afetiva dele com a gente, que me faz emocionar cada vez que leio seus textos. Muitos deles terminei com os olhos marejados.
"Para Francisco" não é um blog. São jóias raras descritas, em detalhes, por um coração puro.
Por alguém com sede de descoberta, com ânsia de proteção e que não desiste de desbravar o mundo junto com o seu filho, mostrando que a vida é agora. Que saudade, nem sempre é ter vontade de ter de volta aquilo que se viveu...(frase dita por você, Cris, em outras palavras)

Francisco é um filho de ouro, que se faz admirável por todos. E é com toda essa delicadeza da Cris - que se divide em mil; que é mulher, mãe, filha, profissional exímia e que tem até blog de moda (Hoje vou assim), que eu a apresento a vocês...
Espero que, de coração, dividam suas atenções comigo e com ela (risos), porque basta uma visita para se render aos seus encantos e visitá-la todos os dias.
Ou mais de uma vez por dia.

Cris, você faz meus dias melhores.
Toda homenagem do mundo, seja ela por você, pelo seu blog, pelo seu filho, são mais do que merecidas.

Será que consegui?

http://www.parafrancisco.blogspot.com/
http://www.hojevouassim.blogspot.com/

Foto: Cris com uma flor para Francisco
Do seu próprio blog, para ilustrar um de seus textos.

domingo, 14 de setembro de 2008

Isabellla


Isabella Taviani.
Isabella que me encanta; Isabella que me acalma; Isabella que me faz sorrir e sonhar.
É Isabella Taviani - essa cantora que não é uma garota de Ipanema, mas que é carioca - que me faz viajar pelos seus sons, timbres e letras. É ao som de "digitais", que eu tenho a impressão de que romper com o passado; de ter as digitais raspadas; apagadas e me ver livre de todo e qualquer resquício, que eu começo esse post.
Ao mesmo tempo, é com "Letra sem melodia" que me identifico. É com a vontade de que todos "digaM sim pra mim", que eu encaro a vida, mas sabendo que nem sempre é assim.
Nem sempre o 'sim', vem com a entonação que queremos. Nem sempre o 'sim', vem com o tamanho que queremos.
Há "sim" e "sim´s" na vida. Há tamanhos e tamanhos.
Sonhamos com um laçarote vermelho. E ele não vem.
Isabella, que possui uma voz deliciosamente parecida com a minha musa Ana Carolina (que me perdoará, por não ter postado primeiro sobre ela), me faz entender o quanto é importante cantarolar, ouvir uma música, entendê-la e é isso que tem me feito ouvir uma, duas, três vezes você, Isa.
Já me senti como você, Isabella. Como uma "foto polaroid": morrendo, desaparecendo, jogado no canto de um apartamento. Hoje, talvez, não me sinta mais.
Agora, uma coisa eu garanto: suas músicas são bálsamos para a nossa vida.
É como se tudo o que eu fizesse, quando te ouço, se tornasse mais belo; mais ímpar.
Não consigo ver baixo astral, mesmo que suas músicas sejam lentas. Eu consigo ver paz.
Eu te enxergo linda e coloridamente.
Existem muitas Isabellas por aí tentando receber um "sim".
Tentando raspar "digitais".
E tentando descobrir o porquê existem "letras sem melodia".
E eu, faço só a minha parte. Ouví-la descontroladamente, até mesmo porque, as minhas digitais já foram raspadas; o "sim" já foi dispensado e o melhor de todos: minhas letras TEM melodia!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Minhas Queridas

Minhas Queridas, Clarice Lispector.
Talvez eu já tenha dito demais que este livro me encantou. Talvez quem me conheça, saiba o quanto eu o quis ler. Talvez até eu mesmo tenha me cansado dele.
Não por nada, mas porque o leio há tempos...
Clarice, que é minha musa, me encanta a cada linha. É com ela que aprendo o quanto é sublime, mágico e sereno ser amoroso, cordial, expressivo, com as pessoas que mais amamos. Não me parece (nem um pouco) que Clarice queira agradar a todos, principalmente quem possui uma felicidade "digestiva". Clarice, apenas, quer o bem daqueles que estão perto.
Quando digo perto, não digo necessariamente sobre aqueles que estão no nosso convívio diário. Até mesmo porque, neste livro (Minhas Queridas) é retratada a forma que a Autora mantinha laços de amor e amizade com suas irmãs, que estavam aqui no Brasil, enquanto Clarice morava no exterior, em viagens diplomáticas com o marido.
Para Clarice, "não existem lugares, existem pessoas".
É assim que eu começo a enxergar minha vida. É com essa delicadeza e audácia de Clarice que coloco a minha vida nos eixos.
É com o misto de não se saber quem é, por momentos e ser tão íntimo de si mesmo. É como saber escrever sobre você mesmo e, ao mesmo tempo, não se reconhecer na própria escrita.
É com essa profundidade literária que sigo meus passos.
É com todo esse amor invejável da minha musa, que eu encerro este post aqui. Leiam o livro e se deliciem como eu me deliciei.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O começo.


O "Pequenas Expressões" nasce aqui.
Nasce com um misto de alegria, medo. Receio de errar.
Mas nasce com um pingo de esperança, com um 'quê' de desafio. Nasce sem motivo algum, mas com mil e um planos para ser o meu, o seu, o nosso espaço.
Tudo o que há no mundo deve receber um nome. E o "Pequenas Expressões" recebe este nome, porque as minhas expressões são sempre as primeiras; as pequenas; as mais simples. São as minhas impressões, que se transformam em expressões, emoções e, agora, em linhas.
Espero que você sinta-se em casa, como estou me sentindo. É tudo tão novo, bonito, especial e me sinto feliz, familiarizado, apesar de assustado. O novo assusta.
"Expressões-zinhas" é o seu apelido que eu acabo de dar. Ele tem um pouco de mim, do mundo, do meu eu, do meu mundo, do meu interior e daquilo que não faz parte de mim também...
Primeiras, segundas, terceiras e definitivas impressões são os que nos movem, nos guiam e fazem com que tenhamos noção do que aquilo representa aos nossos olhos e refletem em nossos corações.
Que você tenha uma primeira e ótima impressão! Sorte para mim...