Aninha não estava errada quando cantava:
"quando eu vou parar e olhar pra mim; ficar de fora e olhar por dentro, se eu não consigo organizar minhas ideias; se eu não posso; se eu esqueço de mim?
Eu pensei que fosse forte, mas eu não sou..."
Mas, quem é que é forte?
Quem é extremamente forte (ou egoísta) para dizer que nunca deixou de olhar para si?
Eu não sou. Aliás, nunca achei que fosse.
Sempre olhei para a dor do outro. Olhei para o frio e para a falta de amor.
Escancarei sorrisos pra quem não devia e ousei concordar com Luis Fernando Veríssimo, quando ele dizia que um dia descobriria que valeu a pena doar-se às pessoas; às amizades e ao amor.
Decifrei o indecifrável e voltei para dentro de mim.
O bom de tudo isso é que há sempre a vontade, a chance e o desejo de voltar-se pra si mesmo.
Descobrir que no fundo, lá dentro, o que vale mesmo é parar, olhar pra si e ser feliz.
Bom, se o Veríssimo está certo, não sei.
Mas, que eu parei e olhei pra mim, eu parei. E como olhei.
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3 comentários:
Van, também não sei se Veríssimo está certo. Confesso que tenho lá minhas dúvidas se realmente vale a pena a gente se doar, se entregar por inteiro e não ter ao menos um sentimento de respeito em troca. Mas, quando vejo que a cada queda, a cada decepção, me torno uma pessoa ainda melhor, e consigo olhar pra dentro de mim e me enxergar uma forma tão plena, percebo que condordo mesmo é com o Fernando... o Pessoa.. TUDO VALE A PENA QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA!!
Amo-te!! Dentre muitos outros, pelo motivo de vc ter me ajudado a me enxergar de uma forma tão doce.
Maravilhoso como tudo o que vc escreve. Olhe pra si, descubra o poder e a luz que há em você. Nunca se esqueça de que a força de que o outro precisa, está dentro de nós, então precisamos encontrá-la primeiro.
Um grande beijo, Lino.
Ta na hora de tirar o pó disso aqui heim! por favor!
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